segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Reflexões inspiradas no filme da Dra Nise da Silveira - "O Coração da Loucura"



Olá gente,

Faz tempo que não escrevo por aqui. Pois é.. Falta de inspiração? Talvez.. Acontece que ao longo desse final de semana, criei coragem para assistir o Filme da Dra Nise da Silveira. Porque coragem, se já faz algum tempo que busco conhecer melhor o pensamento e as teorias do Dr. Jung? Bem, quando eu cursava a Faculdade de Psicologia da Universidade Santa Úrsula, um dos estágios que fiz foi numa clínica psiquiátrica chamada Clínica das Amendoeiras, em Jacarepaguá. Lá, os internos eram todos crianças e adolescentes, com diagnósticos que variavam de disritmia, síndrome de down, etc., até as mais graves como esquizofrenia e autismo. Foi o pior ano da minha experiência com a Psicologia. Assisti a internações desnecessárias feitas pelas assistentes sociais que tinham ordem de não recusar internações; fui convidada por algumas vezes, junto com a equipe da Psicologia, a assistir à sessões de eletrochoque (claro que não fui); presenciei o descaso nas enfermarias, quanto ao uso de cobertores ou mantas durante o frio do inverno, e que surgiam "do nada", tão logo era anunciada a presença de um fiscal do INSS, e por aí vai. Sinceramente, não tinha certeza de querer ver isso tudo de novo no filme da Dra Nise, depois que me contaram do que se tratava. Mas criei coragem, inspirada por uma publicação no Facebook, assisti e amei! Amei porque a mensagem que percebi com maior clareza, foi do quanto o olhar para a necessidade do outro, o acolhimento, e o estímulo aos talentos criativos, têm o poder de criar um "set" favorável ao progresso e á remissão de sintomas, quando se busca a "cura" de algum "cliente" - como bem dizia a Dra Nise. 

Assim, inspirada por essa compreensão, amanheci com uma vontade enorme compartilhar essas reflexões, fruto dos processos associativos da minha mente, e do desejo de voltar a participar, de um jeito mais ativo, na busca por soluções para esse momento "louco" que estamos vivendo, com tanta gente aprisionada na falta de perspectivas, se voltando para bebida, drogas, corrupção, violência, ou outros processos auto-destrutivos. Já não se fala mais em "doenças psiquiátricas" - inventaram outros rótulos. Mas a nossa sociedade encontra-se adoecida. Toda ela. As batalhas têm como pano de fundo principalmente a falta de recursos. São muitas as ferramentas disponíveis para uma identificação precisa das questões que conduzem às doenças e são inúmeras as técnicas de cura disponíveis. É só olhar o Facebook. Mas são muito poucos os que têm acesso a elas. São caras, já que envolvem um investimento também altíssimo dos terapeutas. E são muito poucos os grupos que se dedicam a mudar esse quadro. Mas eu pergunto: não estaria aí a solução? A sociedade como um todo se mobilizando, cada um com o seu talento, sua especialização e sua boa vontade, se agrupando em torno de uma proposta comunitária, doando uma pequena parte de seu tempo a fim de oferecer à essas pessoas adoecidas a oportunidade de se curarem, sem ter que gastar uma fortuna de medicamentos e, ainda por cima dando a elas a chance de, por sua vez, também se desenvolverem e se tornarem úteis à comunidade da qual fazem parte? Será que culpar o "outro" - a polícia, o estado, o governo federal, etc.. não é só um jeito não se comprometer e continuar não fazendo nada? Dentro de um olhar mais amplo, não estamos nós, nesse tempos de hoje, vivendo o que aqueles internos dos hospitais psiquiátricos viveram? Assustados, com medo mesmo, alguns desenvolvendo a famosa "síndrome do pânico", sem nenhuma perspectiva a curto prazo, "internados" em nossos próprios espaços, cheios de trancas e grades...

E olha, eu me incluo nisso... Lamentavelmente, não tenho mais a coragem que já tive, de me enfiar em ambientes tão violentos, sozinha, e me disponibilizar a fazer alguma coisa... Muito me entristece, mas é verdade. Também estou adoecida e com medo. Acontece, que como eu, muitos também gostariam. Então? Não seria fantástico se conseguíssemos nos juntar e criar espaços terapêuticos comunitários!!! Onde muitos de nós pudessem se revesar e realizar um trabalho, de formiguinha, reconheço, mas que poderá trazer excelentes frutos a longo prazo?  Começando por um diagnóstico sério, identificando cada uma das questões e dificuldades envolvidas, mas a nível individual? Sim, porque por detrás desse quadro de dificuldades financeiras, se escondem questões que precisam e podem ser trabalhadas de modo a libertar as pessoas de suas crenças, tabus e demais conceitos limitantes, que as mantém "prisioneiras" de uma pseudo realidade sem a coragem de ousar. Precisamos mudar o que nós mesmos construímos, por gerações e gerações. Só a sociedade como um todo, mudando sua forma de enxergar a situação, engajando-se de fato, será capaz de transformar tudo isso. Gente, sozinhos, não vamos a lugar nenhum. Juntos, podemos muito. Muito mesmo. 

Quando me referi à questões individuais que estão nos bastidores dos atos de criminalidade e violência, minha experiência no trabalho social com crianças e adolescentes, me ensinou, que sob a capa da agressividade, existe um potencial enorme a ser desenvolvido. Basta uma chance. Como no filme. Uma chance oferecida com muito acolhimento e muito respeito. Os potenciais dessas crianças são gigantescos. Elas merecem essa chance. Vide os projetos culturais que estão fazendo "mágicas" nas comunidades carentes. Só que ainda são poucos. E nós terapeutas, temos hoje, uma formação multidisciplinar, que nos permite nos agregarmos a esse tipo de iniciativa a fim de oferecermos o suporte necessário, tanto nas questões coletivas quanto nas questões individuais. 

Como estudiosa da Astrologia, começo a entender mais o significado das mudanças que se fazem urgentes, sinalizadas pelos trânsitos dos planetas lentos no céu do momento.  

Quando criei esse Blog - O Universo Sagrado, a proposta era justamente criar uma plataforma onde todos os que tem algo a contribuir para uma sociedade mais justa e mais equilibrada, pudessem compartilhar, comentar, discutir, e contribuir. Até agora, não foi assim que funcionou. Volto aqui agora, e refaço essa proposta. É mais uma tentativa de reunir técnicas e saberes, agregar pessoas de boa vontade, e quem sabe, mais para a frente, conseguiremos nos juntar para começarmos algum tipo de trabalho voltado para o público mais carente e que tanto precisa de nós. 

Aproveito para me colocar à disposição de instituições (religiosas ou leigas), agremiações, ou quaisquer outros grupos voltados para o trabalho social, para trabalhar com a Mandala dos Dragões, numa proposta de ajudá-las a ampliar seus raios de ação, trazendo empoderamento, abundância e prosperidade em todos os níveis, aumentando as chances de êxito em suas propostas, aumentando a possibilidade de captação de patrocínio e recursos, inclusive recursos humanos, tão necessários para o sucesso dos projetos. E que se multipliquem as iniciativas, com a ajuda dessas consciências de luz que chegam até nós para ampliar nossas consciências, ultrapassar os obstáculos internos e externos, impostos por crenças e conceitos limitantes, padrões de comportamento repetitivos, que geram há milênios, carmas coletivos que precisam ser resgatados para alcançarmos um outro patamar na escala evolutiva da raça humana! O custo desse trabalho seria um valor simbólico, acertado caso a caso com o grupo interessado. Para maiores informações, por favor entrem em contato comigo pelo inbox do Facebook - Isabel Redig ou pelo botão "mensagem" na Página O Universo Sagrado. Caso se interessem em conhecer melhor o trabalho com a Mandala e as Essências Dragon Light, podem clicar aqui. Ou, no site do Dragon Energy Center.  

Deixo aqui as minhas reflexões... Se alguém "comprar" essa ideia, não hesite em entrar em contato comigo.  Agradeço também a atenção de todos e a gentileza de deixarem seus comentários.

Um grande abraço a todos e uma ótima semana!

Isabel Redig